A saudade é um milagre | Testemunho

(ASSISTA O VÍDEO ACIMA)

Só quem já perdeu um ente querido sabe a dor que sente, e essa música "A saudade é um milagre" reflete muito bem a dor da saudade quando se perde alguém que ama. Aceitar a perda é um desafio e confiar na soberania de Deus de sempre fazer o melhor por nós, também é difícil, mas não é impossível! Afinal, sofrer faz parte da vida, mas quando aceitamos vontade de Deus, Ele começa a escrever uma nova história da maneira que Ele quer. Isso é confiar no melhor de Deus para as nossas vidas.

Abaixo está o testemunho do Alexandre Malaquias, que fez essa música. Ele é músico, compositor e é um exemplo de alguém que aprendeu que a dor pode ensinar lições profundas e que o amor de Deus é bem mais forte que a morte.

"Em dezembro de 2007, não me lembro bem o dia exato, eu estava eu conversando com uma irmã de outra igreja que não tem vínculos de intimidade comigo, nem com minha família. Era a terceira vez que nos víamos e no meio da conversa ela me chamou a atenção e disse: "O Senhor me disse que fará uma mudança radical em tua vida e em teu ministério, mas antes Ele vai levar um de teus filhos".

Então dia 12 de fevereiro, meu filho Ismael estava em seu quarto sentadinho em sua cadeirinha, quando de repente seu coração parou. Minha esposa o levou ao hospital, mas ele já estava dormindo para o Senhor. Os médicos tentaram reanimá-lo, mas ele não voltou mais. Eu estava no estúdio quando minha esposa ligou, e ao chegar no hospital, me ajoelhei aos pés dela e disse que já sabia que isso iria acontecer, pois o Senhor já havia me avisado.

Por ser minha esposa, o meu lado mais sensível, decidi não lhe contar nada, pois certamente ela sofreria antecipadamente. E posso dizer que o velório foi algo indescritível e até hoje as pessoas que estiveram lá, comentam sobre o evento. A Bíblia diz que há festa no céu quando morre um justo, mas dizer que é possível sentir a alegria dessa festa aqui na terra, aí já é demais. Mas foi o que aconteceu!

Porém, eu não vou me deter no decorrer do velório e sim ao final dele, quando chegou a hora em que tive que dar a ordem mais importante do momento: "Fechem o caixão".

Embora uma dor indescritível (que penso ser comparada ao gemido inexprimível do Espírito Santo) tomou conta de mim, eu ainda tive que ministrar o louvor naquele velório (uma prova que eu jamais imaginei passar). Porém, naquele momento um só pensamento vinha a minha mente: "Um dia alguém dirá: fechem o caixão e quem estará lá dentro serei eu".

Este pensamento ainda não sai mais da minha cabeça e todos os dias eu penso exatamente a mesma coisa. Quando vou sair para o trabalho, eu penso; quando vou dormir, eu penso; quando vou ministrar, eu penso; e mesmo agora enquanto escrevo este testemunho, eu ainda penso desta forma. Por isso decidi levar uma vida mais intensa e reta diante de Deus. Um sentimento estranho de urgência agora palpita em meu coração, enquanto me apresso para fazer as coisas que o Senhor me deu capacidade. Resolvi finalmente mergulhar no sobrenatural de Deus, pois acredito que a morte do filho de Deus não serviu apenas para cumprimento da palavra do Senhor, mas também para mostrar a mim e às outras pessoas que a vontade de Deus é sempre cumprida.

A partir daquele dia 12 de fevereiro, comecei a louvar ao Senhor com muito mais certeza de Sua presença em minha vida e na vida da Igreja. Lembrem-se disto: o Senhor não mandou que a irmã me perguntasse sobre a possibilidade de levar meu filho; pelo contrário, Deus mandou apenas que ela me comunicasse.

A impressão que tenho em meu coração é de que o Senhor, ao levar meu filho, me deu um espírito de coragem para enfrentar o gigante. Agora entendo a força que impulsionava os discípulos, e com a mesma força eu sigo desesperadamente em direção ao mar da grandeza de Deus, anunciando a Sua majestade e bondade.

Portanto, eu quero deixar um recado a todos os pastores que são soberbos, músicos rebeldes, compositores e grandes ministérios. Não gastem o tempo de vocês brigando com seus irmãos, nem tão pouco com a igreja do Senhor, pois logo chegará a hora em que alguém fechara o caixão com vocês dentro. Parem de brigar com seus filhos, seus maridos, suas esposas e seus subordinados. Jesus disse: “o maior deve se tornar o menor e servir”. Meu conselho aos músicos é o seguinte: quando vocês forem tocar para o Senhor, toquem como se fosse a ultima vez, pois amanhã podem fechar o caixão e será você que estará dentro dele.

Para encerrar, quero dizer que só tenho a intenção de lembrá-los que grande na Igreja é somente JESUS, o resto é pó da terra incluindo você e eu".

Deus os abençoe.
Alexandre Malaquias

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